A água do mar cura
Água do mar cura |
Hoje, o nome de René Quinton
pouco significa. Mas, para quem conhece o homem e sua obra, esse esquecimento é
bem espantoso. É importante mostrar as incríveis teorias que deram origem à
descoberta do “plasma de Quinton" e às amplas aplicações terapêuticas da
água de mar.
René Quinton (1866 - 1925) era
uma dessas pessoas que possuem cultura enciclopédica, que se interessam
apaixonadamente por mil coisas e aplicam a tudo seu espírito inventivo e sua
imaginação. Foi admirado por suas descobertas no campo da medicina e da
biologia, por seu senso prático na criação de dispensários marinhos, por
diversas invenções, por sua contribuição ao desenvolvimento da aviação francesa
e dos planadores, assim como por seu heroísmo durante a Primeira Guerra
Mundial.
Quinton formulou a hipótese de
que “a vida animal, que começou como uma célula no mar, manteve através de toda
a evolução zoológica as células que compõem cada organismo num ambiente
marinho.”
Isso serve tanto para as espécies
marinhas quanto para as de água doce ou terrestre. Esse meio vital é externo
nas primeiras espécies (o mar) e interno nas que vieram depois (sangue e
linfa).
Uma longa série de experimentos
com várias espécies confirma essa hipótese e estabelece a lei da constância
marinha. Uma demonstração muito famosa foi mergulhar glóbulos brancos, que não
resistiam a nenhum meio artificial, na água do mar. Eles conseguiram viver lá
perfeitamente.
A partir dessa lei, Quinton
concluiu que a água do mar isotônica (ou seja, com o teor de salinidade
apropriado para a espécie) pode substituir o meio vital de um organismo. Essa
hipótese extraordinária é confirmada de maneira espetacular por Quinton, que
substitui publicamente o sangue de um cachorro pela solução apropriada de água
do mar. No dia seguinte, o cachorro já andava e, oito dias depois, estava
completamente regenerado pela solução injetada. Esse cachorro só morreu cinco
anos mais tarde, em um acidente.
O ponto fundamental da lei de
constância salina de Quinton é que a vida animal (e, portanto, a vida humana) —
surgida na água do mar — conservou em todos os organismos um meio marinho para
as células, de maneira que elas continuam a viver como peixes na água do mar.
Devido a essa identidade entre o
meio interno (meio vital) e a água do mar isotônica, é possível estimular as
forças vitais de qualquer organismo, regenerando seu meio vital enfraquecido —
do qual se nutrem as células — por meio da água do mar pura, de composição
equilibrada e completa. Assim que o meio vital recupera sua vitalidade
original, as células podem novamente retirar dele os elementos necessários para
seu bom funcionamento e vencer as doenças (desequilíbrios do organismo).